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A formação médica e o processo de trabalho: convite à construção de novas propostas
| Content Provider | Semantic Scholar |
|---|---|
| Author | Marins, João José Neves |
| Copyright Year | 2003 |
| Abstract | Rio de Janeiro, v .27, no 1, jan./abr. 2003 3 A consolidação do modelo “assistencialista e hospitalocêntrico” na década de 70 no Brasil, associada à reforma do ensino, fortaleceu a formação do profissional de medicina voltada à especialização, sendo esta retratada por meio da fragmentação da forma de abordagem dos conteúdos e das práticas do processo ensino-aprendizagem. Foi introduzida nos cursos a subdivisão das grandes áreas do conhecimento em diversas disciplinas, e os cenários de aprendizagem ficaram limitados ao hospital. O esgotamento desse modelo hegemônico, expresso pela não melhoria dos níveis de saúde da população e, principalmente, por seu alto custo, fundamentou a construção de propostas alternativas, formalizadas, em seus princípios, por meio da implantação do Sistema Único de Saúde. A cada momento histórico, em função do diagnóstico de saúde da população, da forma de organização do processo de trabalho, da produção do saber e do desenvolvimento de tecnologias, torna-se evidente a necessidade de redefinir o perfil profissional a ser formado, para atender às exigências dos serviços de saúde. As adequações requeridas, em nosso meio, envolvem a grande maioria dos profissionais, e sua abrangência atinge desde a porta de entrada até a estrutura administrativa hierárquica superior do sistema. Embora diversos estudos apontem a necessidade de proceder a adequações dos cursos de formação profissional, poucas iniciativas referentes à reforma curricular foram efetivamente implementadas. Em sua maioria, as modificações abrangeram algumas alterações de grade disciplinar ou a incorporação de modelos pedagógicos em alguns segmentos do curso. A capacitação dos profissionais já integrantes dos serviços não tem sido satisfatória quantitativamente e, com freqüência, está orientada para a atualização do saber estruturado, sendo pouco valorizada a educação permanente que busca associar a aplicação do conhecimento à realidade local. Em relação às práticas de saúde, surgiram algumas iniciativas na tentativa de retomar a coerência antes defendida pela Atenção Básica de Saúde, tornando-se referência para os defensores das ações que ultrapassavam o campo biológico, colocando-se como alternativa ao modelo hegemônico. O conjunto de atividades preconizado incorpora medidas que envolvem a qualidade de vida, em especial as referentes a estilo de vida, meio ambiente, habitação, educação, trabalho, renda, transporte e lazer, abrangendo também procedimentos clínicos em níveis de complexidade crescente, em função da capacidade instalada dos serviços e das características dos profissionais envolvidos. Como referência para o desenvolvimento de ações a respeito, vários projetos têm sido utilizados, como, por exemplo, o Silos, Vigilância à Saúde, Cidades Saudáveis, Valorização |
| Starting Page | 3 |
| Ending Page | 4 |
| Page Count | 2 |
| File Format | PDF HTM / HTML |
| Volume Number | 27 |
| Alternate Webpage(s) | http://www.educacaomedica.org.br/UserFiles/File/2003/volume27%201/editorial.pdf |
| Language | English |
| Access Restriction | Open |
| Content Type | Text |
| Resource Type | Article |