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Ressignificando o cuidado de si na enfermagem: percepções de uma equipe
| Content Provider | Semantic Scholar |
|---|---|
| Author | Xavier, Adriele Pereira Barreto, Débora Magalhães Alóchio, Kyra Vianna Sá, Selma Petra Chaves Júnior, Domingos Isidório Da Silva |
| Copyright Year | 2017 |
| Abstract | Objective: to identify the interference factors and the personal strategies narrowed by professionals of a nursing team to stimulate their self-care. Method: this is a descriptive-exploratory study, with a qualitative approach, carried out by 10 nursing professionals. The data collection was done from semi-structured interviews and the analyzes performed by the Content Analysis technique in the Thematic Analysis modality. Results: the existence of deficits related to the exercise of individual care associated to personal and work processes, such as lack of time, self-medication, relaxation, accumulation of work hours, and work overload were observed. Conclusion: there is a need to raise awareness among professionals and managers about actions that stimulate a self-care culture in the group, since lack of care negatively impacts the quality of care provided to patients. Descriptors: Occupational Health; Health Promotion; Self-Care. RESUMEN Objetivo: identificar los factores de interferencia y las estrategias personales estrechadas por profesionales de un equipo de enfermería para el estímulo de su autocuidado. Método: estudio descriptivo-exploratorio, con enfoque cualitativo, realizado con 10 profesionales de enfermería. La recolección de datos fue realizada a partir de entrevistas semi-estruturadas y los análisis realizadas por la técnica de Análisis de Contenido en la modalidad Análisis Temática. Resultados: se observó por la existencia de déficits relativos al ejercicio del cuidado individual asociados a procesos personales y de trabajo, tales como la falta de tiempo, automedicación, relajamiento, acúmulo de jornadas, sobrecarga de trabajo. Conclusión: es necesaria la sensibilidad de los profesionales y gestores sobre acciones que estimulen en el grupo a la cultura de autocuidado, una vez que la falta de cuidado, impacta negativamente en la calidad en la asistencia prestada a la clientela. Descriptores: Salud Laboral; Promoción de la Salud; Autocuidado. Acadêmicas de Enfermagem, Universidade Estácio de Sá. Macaé (RJ), Brasil. E-mails: adrielexavierp@gmail.com; deborabarreto21@yahoo.com.br; Enfermeira. Mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora Auxiliar I da Disciplina de PTCC/TCC. Macaé (RJ), Brasil. E-mail: kyralochio@gmail.com; Enfermeira, Professora Titular (Pós-doutora), Departamento de Fundamentos de Enfermagem e Administração, Universidade Federal Fluminense/UFF. Niterói (RJ), Brasil. E-mail: spetra@ig.com.br; Psicólogo, Mestre em Psiciologia Social, Coordenador do Curso de Psicologia/UNESA. Macaé (RJ), Brasil. Email: domingosisJuneior@hotmail.com ARTIGO ORIGINAL Xavier AP, Barreto DM, Alóchio KV et al. Ressignificando o cuidado de si na Enfermagem... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(3):1179-88, mar., 2017 1180 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.10544-93905-1-RV.1103201708 O exercício do cuidar em enfermagem envolve uma contínua interação da equipe com o ambiente de trabalho, o que pode ser desfavorável à saúde do profissional. Desta forma, podem advir com tempo de exercício na assistência doenças funcionais decorrentes de uma susceptibilidade, vulnerabilidade e autonegligência, características que merecem observação do grupo. Estudo transversal realizado com 299 profissionais de enfermagem demonstra que os cinco principais motivos de saúde que os afetam estão relacionados às doenças osteomusculares, do tecido conjuntivo, doenças do trato respiratório, lesões e envenenamento, causas externas e demandas emocionais, que sobrecarregam o psicológico do profissional. 2 Neste contexto, é observada a dificuldade de profissionais de enfermagem em conciliarem o seu trabalho com o seu próprio cuidado, o que repercute negativamente em sua saúde, principalmente, quando eles percebem que sua atuação hospitalar tem elevada devoção e forte identificação pessoal, fato este muito associado à visão de salvação de vidas, gerando, como consequência em longo prazo, doenças laborais graves. Nesse sentido, diversos enfrentamentos são exigidos na execução do processo assistencial, que abarcam desde a defesa do paciente, o processo de negação da realidade sobre a precarização setorial vivenciada, a falta de organização vivenciada em seus setores, que interferem no exercício da sua autonomia e na aplicação de cuidados, e que, consequentemente, acarretam a baixa visualização, a promoção circunstancial da fragmentação do sujeito e de sua própria identidade. Tais situações podem levar ao adoecimento do profissional, mesmo que ele esteja inserido numa estratégia de promoção da saúde. Considerando que saúde é a soma de uma conjuntura política, social e cultural, não se deve atribuir o mesmo significado a todos os indivíduos, por isso, deve-se levar em consideração toda a realidade sociocultural que abarca a composição deste ser ou grupo em questão. Ratifica-se o pensamento sobre a existência de total heterogeneidade nos enfoques de cuidado e nas ações de prevenção, neste caso, referenciamos a necessidade de ações de promoção da saúde que deveriam ser direcionadas aos profissionais de enfermagem, em prevenção às patologias prevalentes, que dificultam sua atuação e exercício do cuidado de si. O exercício do cuidado de si, neste ínterim, se equipara ao conhecimento de sobre si mesmo e de suas limitações, exigindo regras e princípios de conduta que precisam ser redescobertos e ressignificados pelo próprio indivíduo, sendo possível, em sua singularidade, a redescoberta sobre sua valorização e no conhecimento de si próprio, possibilitando, desta forma, o reencontro do sujeito consigo mesmo. As ações do cuidar são conhecidas desde a antiguidade, reconhecidas socialmente e associadas à natureza do ser humano, portanto, no âmbito sociocultural do exercício do cuidar, percebe-se que o mesmo sempre exigiu o acolhimento de uma individualidade necessitada de atenção. Quando o cuidar de si não acontece, faz-se necessário o resgatar ou redescobrir os fatos que se demonstram benéficos à individualidade, para que se tenha satisfação e prazer com labor do cuidar. 7 O presente interesse temático adveio de práticas de educação em saúde destinadas às mulheres de uma unidade básica de saúde sobre a realização do autoexame das mamas, permitidas no âmbito dos ensinos clínicos de saúde coletiva do curso de bacharelado em enfermagem. Tal experiência assumiu pertinência quando as pesquisadoras envolvidas na ação perceberam que orientavam uma prática que não realizavam. A partir deste momento, advieram os seguintes questionamentos: como o profissional de enfermagem exerce o cuidado de si? Quais fatores interferem no exercício pleno de seu cuidado? Quais estratégias são referidas pelos profissionais de enfermagem para uma ampliação de seu autocuidado pessoal? Desta forma, o estudo visou identificar os fatores de interferência e as estratégias pessoais estreitadas por profissionais de uma equipe de enfermagem, para o estímulo do seu autocuidado. Estudo derivado do Trabalho de Conclusão de Curso << Cuidando do cuidador: uma análise a partir do cuidado de si >>. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, descritiva-exploratório e de campo. O cenário consistiu em uma unidade de pronto de atendimento Municipal localizada no Norte Fluminense do Rio de Janeiro-Brasil, cujas ênfases assistenciais são os atendimentos de emergência nas 24 horas, procedimentos de enfermagem, serviços de radiologia, assistência social e exames laboratoriais. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas, nos meses de MÉTODO INTRODUÇÃO Xavier AP, Barreto DM, Alóchio KV et al. Ressignificando o cuidado de si na Enfermagem... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(3):1179-88, mar., 2017 1181 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.10544-93905-1-RV.1103201708 agosto a setembro de 2015, com uma amostra de dez participantes, a saber: quatro enfermeiros, três técnicos e três auxiliares de enfermagem. As abordagens dos profissionais ocorreram nos corredores da instituição, nos setores de internação e na unidade intermediária, mediante a disposição dos profissionais aos fluxos das unidades. Os critérios de inclusão dos sujeitos foram: ser enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem, atuar na área por mais de dois anos, ser da internação e/ou da Unidade Intermediária (UI). Estes setores foram eleitos devido à intensa assistência promovida beiraleito na vigência de um período de 24 horas de plantão, o que subentende uma maior exaustão e atuação no processo assistencial à clientela. Foram excluídos os profissionais de licença/férias. Para a coleta de dados, foram elaboradas questões para a caracterização dos participantes (Nome, idade, sexo, categoria profissional, tempo de atuação e vinculação), levantamento sobre o que é o termo autocuidado e o grau de satisfação sobre o tempo destinado para cuidar-se (Para você, o que é autocuidado? Sente-se satisfeito com o tempo que destina para cuidar de si?), levantamento sobre as atividades e cuidados sobre si realizados (Realização de check-ups, automedicação, doenças funcionais presentes e momentos de lazer) e levantamento sobre possíveis ações que incentivariam o exercício do autocuidado (Você acredita que necessita cuidar de si? Se sim, quais atitudes você pode ter para melhorar seu autocuidado? Em sua opinião, o que pode ser feito para que os profissionais da saúde possam cuidar mais de si em serviço?). Desta forma, suas contribuições foram gravadas, transcritas e submetidas ao processo de análise temática de conteúdo que estabelece como fases a pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados, inferência e interpretação. No intuito de clarificar e facilitar a contraposição dos achados com a literatura, realizou-se a confecção do marco conceitual, a formulação de planilhas expositivas e de identificação dos sujeitos. Contemplando o anonimato pleno dos sujeitos participantes, também se realizou a codificação por abreviaturas, baseadas na |
| Starting Page | 1179 |
| Ending Page | 1188 |
| Page Count | 10 |
| File Format | PDF HTM / HTML |
| Alternate Webpage(s) | https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/13493/16217 |
| Language | English |
| Access Restriction | Open |
| Content Type | Text |
| Resource Type | Article |