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Gênero e Trabalho no Brasil: Os desafios da desigualdade
| Content Provider | Semantic Scholar |
|---|---|
| Author | Leite, Márcia De Paula |
| Copyright Year | 2017 |
| Abstract | Os dados relativos a estrutura ocupacional brasileira nos ultimos anos apontam para uma relativa melhoria das desigualdades de genero. Com efeito, as mulheres melhoraram suas posicoes relativas no que concerne as taxas de desemprego, renda media e porcentagem de trabalhadoras formalizadas. Ressalte-se, contudo, que as desigualdades persistem e que elas tem a ver com uma questao mais estrutural, que pouco muda ao longo dos anos, que se refere a segmentacao do mercado de trabalho, ou seja, a segregacao das mulheres em determinadas atividades. A questao da segregacao das mulheres no trabalho ja foi analisada por diversas teorias que tentam explicar porque elas se inserem em ocupacoes mais precarias e nas quais os rendimentos tendem a ser menores [1] . Foram, contudo, as teorias feministas que elucidaram as relacoes entre a divisao sexual do trabalho domestico e o produtivo (Hirata e Kergoat, 2007; Humphries e Rubery, 1984; Hirata e Maruani, 2003; Kergoat, 1998 e 2000), evidenciando que essa persistencia tem a ver com uma construcao social de genero que confere a elas a responsabilidade pelas tarefas domesticas e aos homens o papel de provedor. *Este texto se alimenta das discussoes feitas no Programa GRPE (Genero, Raca, Pobreza e Emprego) da OIT, do qual fui consultora por varios anos entre 2000/2014. Ele se alimenta tambem de material desenvolvido por Maysa Garcia e por mim na Argumento Consultoria. Agradeco a Maysa e aos sindicalistas, sobretudo as mulheres, com quem travamos ricas discussoes sobre o tema. [1] Refiro-me aqui sobretudo as teorias neoclassicas que, com varios matizes, buscaram (e ainda buscam) explicar as decisoes empresariais de admissao de trabalhadores e trabalhadoras por calculos racionais, relacionados ao lucro e a produtividade. Assim, a preferencia das empresas por trabalhadores do sexo masculino, especialmente para os postos mais qualificados e bem remunerados, teria a ver com a maior qualificacao dos homens e seus menores custos, quando comparados aos das mulheres. Para uma discussao mais aprofundada sobre o tema, ver DeGraff e Anker , 2004; Abramo e Todaro, 2002. |
| File Format | PDF HTM / HTML |
| Alternate Webpage(s) | https://rct.dieese.org.br/index.php/rct/article/download/144/pdf |
| Language | English |
| Access Restriction | Open |
| Content Type | Text |
| Resource Type | Article |