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Índice de degradação ambiental na bacia hidrográfica do rio do Peixe-PB
| Content Provider | Semantic Scholar |
|---|---|
| Author | Brandão, Marcelo Henrique De Melo |
| Copyright Year | 2005 |
| Abstract | The area in which this thesis was developed lies on a hydrographic basin of Rio do Peixe, State of Paraiba, Brazil; formed by 18 towns with an estimated population of 215,787 inhabitants, distributed in an area of 3,991 km2. In this investigation, the production of the space has taken place through the acknowledgement of the space itself, where it is started with its geoenvironmental characteristics which offer the possibilities to interact positively in order to reduce the environmental impact produced by them, therefore, proposing alternative forms of occupation and manipulation of areas. Firstly, it was done a survey on the elements of the natural landscape characterizing it statistically. Secondly, this same landscape is being analyzed in a dynamic form, afterwards with the purpose of elaborating a map of environmental vulnerability of the basin of Rio do Peixe, which makes it possible to locate the areas, making the following division: stability areas, instability areas and the intermediate ones. However, if there is no preventive actions in relation to the intermediate areas, there would be changes in their evolution, towards the instability area which would lead to a reduction in the quality of life. Key-words: Management, semi arid, degradation 2 1. Introdução Nordeste semi-árido. Eis o que enfoca este trabalho. Para isso parte-se da percepção do espaço vivenciado pelo homem. O objetivo final é propor melhor aproveitamento dos recursos naturais utilizados pela sociedade. A percepção do espaço ocorre a partir do reconhecimento das suas características naturais, onde os elementos constituintes atuam de forma sistêmica, formando o ecossistema caatinga. Vivenciando o espaço, o homem age diretamente sobre o ecossistema, provocando pressão sobre o meio ambiente. Historicamente, durante o processo de ocupação do espaço semi-árido, as atividades produtivas iniciais não poderiam ter sido percebidas como degradantes do meio ambiente, porque até então acreditava-se que os recursos naturais eram considerados inesgotáveis. Apenas recentemente, com o advento dos estudos sistêmicos do meio ambiente e a nova concepção da evolução do paradigma ecológico, é possível perceber que as atividades culturalmente desenvolvidas ao longo do tempo estavam impregnadas de forte caráter de degradação ambiental, comprovando que sob o olhar atual, predominava uma forma equivocada de convivência com o semi-árido, o que sobrecarregava o ecossistema, em virtude do mau uso do solo e da água, do desmatamento, atividades que degradam dia-a-dia a capacidade de suporte do ambiente. A degradação ambiental pode acarretar a diminuição da qualidade de vida de toda uma população, sentimento este que não se percebe de imediato, porém gradativamente; sutilmente os recursos naturais escasseiam e projetam seu efeito danoso no agravamento das condições de vida do homem. No caso específico do Estado da Paraíba, com 85% do território formado por terrenos cristalinos, as áreas das bacias sedimentares devem ser vistas como áreas especiais. Nestas áreas específicas é possível produzir o espaço levando em consideração as suas características ambientais, tornando-os auto-sustentáveis ou centros de produção. Ao dinamizar a economia para gerar trabalho e renda, o detalhamento de estudo desta bacia ganha importância estratégica no contexto regional. No Brasil, especificamente na região Nordeste, há um núcleo semi-árido, o mais povoado do mundo, onde ocorrem processos avançados de desertificação, causados por fatores antrópicos. O processo de degradação do ambiente semi-árido agrava a situação sócio-econômica da população, que, a partir de condições desfavoráveis do meio ambiente, provoca uma forte corrente de emigração. Na tentativa de amenizar problemas desta natureza; propõe-se uma forma de produção do espaço semiárido de acordo com as suas potencialidades, utilizando-se para isso do conhecimento dos seus aspectos geológicos, aliado a práticas adequadas às suas condições geoambientais, que gerem condições adequadas de sustentabilidade. Isto posto, é importante o reconhecimento da qualidade ambiental da bacia hidrográfica, em seus diversos aspectos; em função da visão geral dos problemas ambientais que ocorrem na área. 3 O objetivo deste trabalho é executar um detalhado levantamento das condições geoambientais da bacia hidrográfica do Rio-do-Peixe e através deste utilizando-se do Índice de Degradação Ambiental (IDA) poder quantificar e classificar a qualidade ambiental nas diversas sub-bacias da referida bacia hidrográfica. Através da análise dos elementos que compõem o quadro natural, associado à densidade demográfica, dos municípios que compõem a bacia hidrográfica do Rio do Peixe, é possível visualizar espacialmente as áreas onde ocorre a estabilidade do quadro natural, bem como as áreas críticas, onde a degradação ambiental se dá de forma mais incisiva. A partir dessas informações será possível adotar medidas corretivas, preventivas ou ambas para minimizar os processos de degradação ambiental, daí resultando melhoria na qualidade de vida da população e maior dinâmica econômica da região. O estudo das características geoambientais de uma determinada área tem importância estratégica para o planejamento regional; através das informações a respeito dessas características é possível atuar de forma mais racional sobre o espaço, aumentando assim a sinergia das atividades produtivas. Eis a importância da ciência: o conhecimento utilizado em função do homem. Através do conhecimento é possível colaborar para a melhoria das condições sócio-ambientais. É o momento de priorizar o núcleo semi-árido, tão longínquo, para os órgãos de decisão do Estado, porém tão próximo dos que nele lutam pela sobrevivência. Dada a complexidade dos ambientes naturais, ocorre uma miríade de inter-relações simultâneas que provocam um estado de equilíbrio dinâmico. Porém, qualquer interferência que ocorra em um dos elementos que compõem o quadro natural irá inexoravelmente provocar a ruptura deste equilíbrio. A produção do espaço requer, necessariamente, a utilização racional dos recursos naturais para satisfação das necessidades do homem. Por sua vez, a má utilização desses recursos exerce uma forte pressão sobre esses mesmos recursos, não raramente causando alterações irreversíveis, que podem comprometer a funcionalidade do sistema. Não é por acaso que a preocupação com o meio ambiente vem sendo discutida na sociedade moderna. Recentemente observa-se maior interesse dos cidadãos, acerca das questões relacionadas com o meio ambiente, onde o cidadão já se sente inserido no contexto ambiental. Se no passado recente pensava-se estar acima dos elementos que compõem o quadro natural, hoje percebe-se um maior grau de comprometimento para tomada de decisões mais conscientes, relacionadas às atividades que afetam diretamente o ecossistema. Passamos a nos perceber como agentes ativos na transformação do meio ambiente e a reconhecer que nossos atos podem influir tanto positiva quanto negativamente nos ecossistemas. O caráter multidisciplinar da abordagem do meio ambiente induz ao trabalho interdisciplinar. O objetivo é prever, propor soluções ou apenas contribuir para atenuar os impactos ambientais que possam ocorrer em uma determinada área. 4 Os impactos ambientais podem ser de origem natural ou resultantes de ações antrópicas. A capacidade de prever e atuar na resolução de conflitos ambientais perpassam não apenas pelos aspectos do quadro natural, mas se estendem aos aspectos econômicos e sócio-políticos, cujas ações necessárias à tentativa de dirimir estes conflitos são complexas. A área de estudo onde se aplica este trabalho é a bacia hidrográfica do Rio do Peixe. A importância da escolha da bacia hidrográfica como área de trabalho decorre de diversos fatores; o primeiro deles é de ordem histórico-institucional. Desde o século XVIII, a Academia de Ciências de Paris estabelece a bacia hidrográfica como uma divisão político-administrativa. Deste fato resulta a regionalização francesa, cujos “Departamentos” recebem nomes conforme os rios que cortam a região, por exemplo: Marne, Tarne, Ille-et-Villene, Seine-et-Loire, Seine-et-Marne, etc. (Andrade, 1977). Após três séculos, a legislação brasileira instituiu, de acordo com a Lei No 9433, de 8 de Janeiro de 1997, em seu 1o Capítulo, no artigo 1o, inciso V, o seguinte: “a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos”. O segundo fator que corrobora o uso da bacia hidrográfica como unidade ambiental é a própria característica das bacias que constituem uma singularidade, com características de entrada e saída de energia bem definidas; nelas, os elementos do quadro natural e social interagem e evoluem no espaço e no tempo. É possível observar a qualidade ambiental de uma bacia hidrográfica através da paisagem circundante, elaborada pelo Homem e desenvolvida em função de seus próprios interesses. A necessidade de uma abordagem geossistêmica nos estudos ambientais remete a uma visão integrada do ambiente físico e dos processos antrópicos que se desenvolvem na área. Sobre isso afirma Grigoriev (1968): “o Estrato Geográfico da Terra é composto pela crosta terrestre, hidrosfera, troposfera, cobertura vegetal e reino animal, que em conjunto, definem os ambientes onde vivem os homens. Este conjunto de fatores compõe o estrato geográfico e estão intensamente interligados. Sendo assim, nossa tarefa é estudar os componentes do estrato geográfico como parte de um todo, não isoladamente.” Segundo a concepção de Monteiro (1978), o geossistema é um sistema singular, complexo, onde interagem elementos humanos, físicos, químicos e biológicos e onde os elementos sócioeconômicos não constituem um sistema antagônico e oponente, mas sim estão incluídos no funcionamento do próprio sistema. De acordo com Spörl (2001), as alterações causadas no ambiente p |
| File Format | PDF HTM / HTML |
| Alternate Webpage(s) | http://www.geomorfologia.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo3/065.pdf |
| Language | English |
| Access Restriction | Open |
| Content Type | Text |
| Resource Type | Article |