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Prevalência de lesões do quadricipete em jogadores de futebol profissional e amador
| Content Provider | Semantic Scholar |
|---|---|
| Author | Pereira, Pedro Miguel Silva, Maria Raquel Lopes |
| Copyright Year | 2007 |
| Abstract | Football is a sport with a kinematic and acyclic structure, where direction and velocity changes may occur. the main purpose of this study was to evaluate the prevalence of sport injuries of the quadriceps in professional and amateur football players. Sixty–six football players: 36 professionals and 30 amateurs were evaluated by a questionnaire of direct administration and structured for the effect. We verified that 62,5% of injuries in professional athletes were classified as degree iii, while in amateurs 60,87% of injuries were degree iii. However amateurs players suffered from a higher number than professional. the most frequent sport injuries were muscular fractures followed by bruises, occurred mainly in months of october and november and during trainings sessions. Key-words professional football; Amateur football; Quadriceps injuries trabalho baseado na monografia “prevalencia de lesoes do quadricipete no Futebol na vertente profissional e amadora”, elaborada por pedro miguel ribeiro pereira e defendida em 12-03-2007 para obtencao da licenciatura em motricidade Humana. 244 1. INTRODUCAO o futebol e considerado, por muitos, como o desporto mais popular em todo o mundo, dado que e praticado por cerca de 200 milhoes de jogadores profissionais (jp) e jogadores amadores (jA). psicologicamente e descrito como um desporto que exige uma enorme exuberância e fisicamente desgastante pelas aceleracoes, desaceleracoes, saltos, cortes e pontapes. Devido a sua reputacao e as suas caracteristicas e esperada a ocorrencia de numero elevado de lesoes, sendo que a estimativa e de aproximadamente 10 a 15 lesoes por 1000 horas de jogo (Witvrouw, 2003). Assim o principal objectivo deste estudo foi avaliar a prevalencia de lesoes desportivas ao nivel do quadricipite em jogadores de futebol profissional e amador. De acordo com ekstrand et al (1983) existem factores de risco intrinsecos e factores de risco extrinsecos (inklaar, 1994) que podem estar associados as lesoes neste tipo de atletas. os factores de risco intrinsecos sao frequentemente identificados com a falta de flexibilidade articular, a laxidez ligamentar, a reduzida elasticidade muscular, a instabilidade funcional, as lesoes anteriores com inadequada reabilitacao, as alteracoes anatomicas e biomecânicas e os desequilibrios musculares (ekstrand et al, 1983). os factores de risco extrinsecos sao responsaveis por uma percentagem significativa de lesoes no futebol (inklaar, 1994), como tal nao devem ser ignorados por atletas e treinadores. A carga de treino, incrementos subitos na duracao e intensidade de treino, excessivas sessoes de treino ou inadequado aquecimento muscular, sobrecarga de jogos, quantidade e qualidade do treino, sao considerados factores de risco extrinsecos. um atleta lesionado nao tem condicoes para atingir patamares de rendimento superior. muito embora em alguns casos, os atletas nao deixem de competir quando sofrem lesoes menos graves, dado que em situacoes de dano fisico efectivo, a interrupcao e inevitavel. por conseguinte o estudo foi do tipo quantitativo. A recolha de informacao foi realizada sob a forma de um questionario estruturado para o efeito. posteriormente, foi efectuada a respectiva analise estatistica dos dados com recurso ao programa informatico “Statistical package for the Social Sciences” (SpSS), versao 13.0. por fim, as conclusoes mais importantes do nosso estudo foram: os jA sofreram um maior numero de lesoes do que os jp, os jogadores profissionais sofreram lesoes de maior gravidade 62.5%, que os jogadores amadores. 60.87%, as lesoes mais frequentes foram as roturas musculares seguidas das contusoes, tendo sido a regiao anterior da coxa a mais afectada e o maior numero de lesoes ocorreu nos meses de outubro e de novembro, quer nos jp, quer nos ja, os jp lesionaram-se mais frequentemente nos treinos, enquanto que nos jA, as lD ocorreram com maior frequencia em competicao, aquando da lesao, ambos os grupos de jogadores foram maioritariamente tratados pelo massagista do clube. 2. METODOLOGIA A lesao desportiva (lD) foi definida como qualquer limitacao funcional ossea, muscular, tendinosa ou articular adquirida durante a pratica desportiva, causando uma ou mais das seguintes consequencias: reducao da actividade, necessidade de tratamento ou aconselha245 mento medico e/ou interrupcao da actividade desportiva. (conselho da europa, 1986). para classificarmos a gravidade da lD foram utilizadas as classificacoes propostas por marti et al (1988) e o tempo de afastamento da pratica desportiva definida segundo a nomenclatura do “national Athletic injury registration System” (nAirS). os tres graus de lesao propostos por marti et al. (1988) foram definidos da seguinte forma: • grau i: manteve toda a actividade dos treinos e competicoes independentemente da dor; • grau ii: diminuiu a duracao e a intensidade da corrida em funcao da dor; • grau iii: interrompeu por completa e involuntariamente os treinos, pelo menos por duas semanas. o nAirS classifica as lesoes de acordo com o periodo de afastamento da pratica desportiva, isto e, leve (de 1 a 7 dias), moderada (de 8 a 21 dias) e seria (mais do que 21 dias ou permanente debilidade). o metodo utilizado para a recolha dos dados foi um questionario estruturado de questoes fechadas de administracao directa. para o tratamento de dados utilizou-se o programa de “Statistical package for the Social Sciences” (SpSS) versao 13.0 para o Windows. 3. AMOSTRA A amostra foi constituida por 66 jogadores: 36 jp (19 jogadores do Sporting clube de espinho e 17 jogadores do clube Atletico de Valdevez) e 30 jA (15 jogadores da Associacao Desportiva os limianos e 15 jogadores da Associacao desportiva e cultural da correlha). 4. APRESENTACAO DOS RESULTADOS os jp eram mais novos [24,49 (4,1) anos] do que os jA [26,07 (4,3) anos] (Quadro 1). quadro 1 – caracterizacao da amostra (35 jp e 30 jA) em funcao da idade, do peso e da estatura. Parâmetros JP (n) = 35 JA (n) =30 Media (dp) Idade (anos) 24,49 (4,1) 26,07 (4,3) Peso (Kg) 74,96 (5,6) 73,15 (7,18) Altura (m) 1,79 (0,05) 1,75 (0,06) nos atletas profissionais, o peso variou entre os 60 e os 85 kg, com uma media de 74,98 (5,57)kg. na equipa amadora, o peso medio foi de 73,15 (7,08)kg, tendo variado entre os 59 e 87,5 kg. os jp eram ligeiramente mais altos [1,79 (0,05)m] do que os jA [1,75 (0,058)m]. A maioria dos jp nao possuia outra ocupacao (85,7%), enquanto que a maioria dos jogadores amadores (73,3%) tinha outra ocupacao, para alem da pratica da modalidade (Quadro 2). 246 quadro 2 – caracterizacao da amostra (35 jp e 30 jA) em funcao da ocupacao que possui. Possui outra ocupacao JP (n) =35 JA(n) =30 n % n % Sim 5 14,3 22 73,3 Nao 30 85,7 8 26,7 Total 35 100,0 30 100,0 A lD mais frequente foi a rotura muscular, tendo-se registado 11 roturas nos jA e 5 nos jp, seguindo-se as contusoes e as contracturas (Quadro 3). quadro 3 – Distribuicao numerica e percentual do tipo de lD e local anatomico afectado. LD Profissionais Amadores n % n % Roturas Musculares Parte Externa 1 20,0 0 0,0 Parte Anterior 2 40,0 6 54,4 Parte Interna 2 40,0 5 45,5 Total 5 100,0 11 100,0 Contusoes Musculares Parte Externa 1 16,7 2 22,2 Parte Anterior 5 83,3 7 77,8 Parte Interna 0 0,0 0 0,0 Total 6 100,0 9 100,0 Contracturas Musculares Parte Externa 3 30,0 1 25,0 Parte Anterior 5 50,0 2 50,0 Parte Interna 2 20,0 1 25,0 Total 10 100,0 4 100,0 porem, a equipa profissional registou um maior numero de contracturas musculares, nomeadamente na parte anterior. Verificou-se que 68,6% dos jp ja sofreram algum tipo de lD e 31,4% nao sofreram qualquer lesao, enquanto que 73,3% dos jA tambem ja sofreram alguma lD e 26,7% nao sofreram qualquer lesao (Figura 1). Figura 1 Distribuicao percentual das lD. 0% 20% 40% 60% 80% 100% |
| File Format | PDF HTM / HTML |
| Alternate Webpage(s) | https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/428/1/242-251REVISTA_FCS_04-9.pdf |
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| Resource Type | Article |