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Produção social do sintoma e análise de demanda da clínica de atendimento psicológico da UFRGS e de sua inserção na rede de atenção à saude da região metropolitana de Porto Alegre
| Content Provider | Semantic Scholar |
|---|---|
| Author | Salles, Adriano Zambenedetti, Gustavo Silva, Rosane Neves Da |
| Copyright Year | 2006 |
| Abstract | O projeto ao qual está vinculado esta pesquisa tem por objetivo problematizar as noções de normal e de patológico nos modos contemporâneos de ser criança e adolescente. A pesquisa realizada visou identificar os motivos mais freqüentes de encaminhamento para atendimento em uma clínica-escola da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Os motivos que justificam os encaminhamentos são entendidos como a expressão de um sintoma dos modos de subjetivação contemporâneos, e não como mera expressão individual de um sintoma. Essa perspectiva é subsidiada pela abordagem genealógica, trabalhada por Foucault, segundo a qual as noções de normalidade e de patologia emergem e são reconfiguradas em contextos históricos e formações sociais distintas. As análises realizadas por Foucault (1988, 2000) permitem problematizar a produção social da doença mental e entender como determinados regimes de verdade – expressos nos saberes e práticas de uma sociedade em um dado momento – produzem o que deve ser excluído socialmente e as formas de proceder a esta exclusão. Neste sentido, tanto os critérios do que é socialmente considerado como normal ou patológico quanto as explicações do saber psiquiátrico e psicológico – saberes que ocupam um lugar de destaque no campo da saúde mental sobre o diagnóstico da doença mental sofrem transformações e se diferenciam ao longo do tempo. Tais saberes articulam-se em torno de redes enunciativas que, em função de sua regularidade, permitem apreender como os sintomas são identificados, a partir de diferentes entidades nosográficas, como algo da ordem do patológico num determinado espaço e tempo. Pode-se, portanto, compreender o desviante através da análise das redes enunciativas em torno daquilo que foge à norma e, por essa via, visualizar aquilo que Serpa Jr. (2003) considera como algo que produz uma “pulverização do patológico” na contemporaneidade. Ressalte-se, ainda, que as noções de infância e adolescência vão sendo construídas, historicamente, de diferentes maneiras, e isso acaba por produzir estratégias de intervenção distintas que levam à criação de novas instituições, as quais ampliam o âmbito do saber vigente sobre o que é considerado como ‘fora da norma’. |
| File Format | PDF HTM / HTML |
| Alternate Webpage(s) | https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12926/000633875.pdf;jsessionid=6CF44CC9DED865A55DA8D312E69C256A?sequence=1 |
| Language | English |
| Access Restriction | Open |
| Content Type | Text |
| Resource Type | Article |
